O diretor César Charlone afirma que ideia é mostrar a luz e a sombra do médium A Netflix Brasil está produzindo uma série sobre o médium João de Deus, condenado a 40 anos por estupros cometidos contra cinco mulheres. A direção é de César Charlone, responsável pela fotografia dos filmes “Dois Papas” e “Cidade de Deus”, e de Tatiana Villela.
ESFERA
“É uma série sobre João de Deus e tudo o que seu nome significa, a luz e a sombra”, diz o cineasta. A equipe do longa já foi a Abadiânia (GO), cidade onde o médium atuava, e entrevistou algumas de suas vítimas.
Da coluna de Mônica Bergamo na Folha de São Paulo de 10 de fevereiro de 2020
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2020/02/netflix-vai-fazer-serie-sobre-joao-de-deus.shtml
sábado, 29 de fevereiro de 2020
Beijinhos! Bye-bye!
Bye-bye, beijinhos!
Com o coronavírus, melhor só dar um 'oi' de longe
Em tempos de alto risco pela disseminação do coronavírus, o cumprimento com dois beijinhos e o combo abraço e tapinha nas costas mais aperto de mão constituem muito mais do que uma prática anti-higiênica que já deveria ter sido extinta.
Desde os tempos do selinho da Hebe que venho insistindo que precisamos acabar com essa forma insalubre, incômoda e pouco prática de nos manifestar.
Quem se responsabiliza pela conjuntivite ou pneumonia adquirida naquela confraternização hipócrita da Igreja Católica, em que os fiéis se dão as mãos ao final da missa para se convencer de que se reconhecem na paz de Cristo?
Gostaria de comunicar que, a partir de quarta-feira (26), dia em que o novo coronavírus aportou oficialmente entre nós, não vou mais beijar nem abraçar para dar “oi”, exceção feita aos meus dois cães salsicha.
Você dirá “que exagero”, que sou contra o amor e a carnalidade; uma careta, enfim.
Mas a intenção aqui é externar estupefação ante a falta de urgência que nós, afetuosos e alegres brasileiros, temos em perceber o problema real que ora aflige toda a humanidade: a disseminação de doenças contagiosas em um mundo interligado por aviões, turismo de massa e armas químicas cada vez mais sofisticadas.
Especialmente no calor, por que não acabamos de uma vez com esse desconforto? Não seria bem mais elegante dar apenas um sorriso seguido de um “como vai?”?
Texto da jornalista Barbara Gancia na Folha de São paulo de 27/02/2020
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2020/02/bye-bye-beijinhos.shtml
Com o coronavírus, melhor só dar um 'oi' de longe
Em tempos de alto risco pela disseminação do coronavírus, o cumprimento com dois beijinhos e o combo abraço e tapinha nas costas mais aperto de mão constituem muito mais do que uma prática anti-higiênica que já deveria ter sido extinta.
Desde os tempos do selinho da Hebe que venho insistindo que precisamos acabar com essa forma insalubre, incômoda e pouco prática de nos manifestar.
Quem se responsabiliza pela conjuntivite ou pneumonia adquirida naquela confraternização hipócrita da Igreja Católica, em que os fiéis se dão as mãos ao final da missa para se convencer de que se reconhecem na paz de Cristo?
Gostaria de comunicar que, a partir de quarta-feira (26), dia em que o novo coronavírus aportou oficialmente entre nós, não vou mais beijar nem abraçar para dar “oi”, exceção feita aos meus dois cães salsicha.
Você dirá “que exagero”, que sou contra o amor e a carnalidade; uma careta, enfim.
Mas a intenção aqui é externar estupefação ante a falta de urgência que nós, afetuosos e alegres brasileiros, temos em perceber o problema real que ora aflige toda a humanidade: a disseminação de doenças contagiosas em um mundo interligado por aviões, turismo de massa e armas químicas cada vez mais sofisticadas.
Especialmente no calor, por que não acabamos de uma vez com esse desconforto? Não seria bem mais elegante dar apenas um sorriso seguido de um “como vai?”?
Texto da jornalista Barbara Gancia na Folha de São paulo de 27/02/2020
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2020/02/bye-bye-beijinhos.shtml
Precauções contra clonagem de conta do Whatsapp
Saiba como ativar verificação em duas etapas.
A Comissão de Segurança Pessoal e de Defesa das Prerrogativas dos Magistrados do Tribunal de Justiça de São Paulo e a Assessoria Policial Civil do TJSP alertam para o aumento do número de casos de “clonagens” de contas do aplicativo Whatsapp. O golpe permite que terceiros de má-fé se façam passar por titulares de contas para, entre outros, pedir dinheiro a seus contatos. Como prevenção, é necessário tomar as seguintes precações:
- Orientar familiares, colegas e demais contatos a, quando receberem mensagens via Whatsapp com solicitação de valores em dinheiro, pedir ao remetente que grave um áudio com a solicitação. Isso permitirá a confirmação ou não da autenticidade da origem, pelo reconhecimento da voz;
- Programar o aplicativo para realizar a "verificação em duas etapas", o que elimina o risco da clonagem pelo uso de duas senhas. Veja abaixo como proceder no sistema Android e no iOS:
Android: Configurações – Conta – Confirmação em Duas Etapas – Ativar – Inserir PIN – Adicionar e-mail. Clique aqui para visualizar o passo a passo.
iOS: Ajustes – Conta – Verificação em Duas Etapas – Ativar – Inserir PIN – Adicionar e-mail. Clique aqui para visualizar o passo a passo.
Comunicação Social TJSP – GA (texto) / DG (arte)imprensatj@tjsp.jus.br
http://www.tjsp.jus.br/Noticias/Noticia?codigoNoticia=60294
A Comissão de Segurança Pessoal e de Defesa das Prerrogativas dos Magistrados do Tribunal de Justiça de São Paulo e a Assessoria Policial Civil do TJSP alertam para o aumento do número de casos de “clonagens” de contas do aplicativo Whatsapp. O golpe permite que terceiros de má-fé se façam passar por titulares de contas para, entre outros, pedir dinheiro a seus contatos. Como prevenção, é necessário tomar as seguintes precações:
- Orientar familiares, colegas e demais contatos a, quando receberem mensagens via Whatsapp com solicitação de valores em dinheiro, pedir ao remetente que grave um áudio com a solicitação. Isso permitirá a confirmação ou não da autenticidade da origem, pelo reconhecimento da voz;
- Programar o aplicativo para realizar a "verificação em duas etapas", o que elimina o risco da clonagem pelo uso de duas senhas. Veja abaixo como proceder no sistema Android e no iOS:
Android: Configurações – Conta – Confirmação em Duas Etapas – Ativar – Inserir PIN – Adicionar e-mail. Clique aqui para visualizar o passo a passo.
iOS: Ajustes – Conta – Verificação em Duas Etapas – Ativar – Inserir PIN – Adicionar e-mail. Clique aqui para visualizar o passo a passo.
Comunicação Social TJSP – GA (texto) / DG (arte)imprensatj@tjsp.jus.br
http://www.tjsp.jus.br/Noticias/Noticia?codigoNoticia=60294
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020
MPFGO pede o arquivamento de denúncia de Paulo Pavesi
NOTA DE REPÚDIO E ESCLARECIMENTOS
MPFGO pede o arquivamento de denúncia de Paulo Pavesi contra Maria do Carmo Santos e Sabrina Bittencourt
Os (as) Amigos (as) que acompanham o nosso trabalho sabem muito bem, que desde sua criação os Membros do Grupo Vítimas Unidas sempre foram alvos de ataques das mais diferentes pessoas e ou Grupos. Estes se intensificaram muito conforme as ações do Grupo foram se expandindo e ganhando espaços no cenário nacional. Temos alertado nossos Administradores e participantes de que seríamos alvos de ataques dos mais vis e arcaicos possíveis daqueles que se incomodam demais com nossa atuação.
Só que tudo isso se intensificou com o escândalo que veio a público através do trabalho da imprensa do Caso João Teixeira de Faria, vulgo João de Deus no qual tanto eu, Maria do Carmo dos Santos do Grupo Vítimas Unidas, bem como de Sabrina Bittencourt do Grupo COAME atuamos. A partir do nosso trabalho formal de denúncias através das Forças Tarefas do Ministério Público Estadual em todo o país e do Ministério Público Federal de Goiás e de Agentes do Sistema Judiciário deste país no qual colaboramos com o apoio a vítimas e as informantes em colaboração direta com as mídias e todos aqueles que nos procuraram pedindo ajuda.
Desde então João Teixeira de Faria foi preso, bem como seu filho Sandro Teixeira, diversos Agentes Públicos e Privados estão sendo investigados e denunciados e através da divulgação feita pelo próprio Ministério Público do Estado de Goiás, tanto eu como Sabrina Bittencourt nos tornamos alvos de calúnias, perseguições e até ameaças de morte.
A vida de Sabrina foi destruída e até hoje seu ex-marido e filhos vivem escondidos. Eu e Vanuzia Leite Lopes conhecida como Vana Lopes, não estamos tendo melhor destino com ataques de todas as formas tentando nos caluniar e nos calar. Atingem a nossa honra e aos nossos familiares. O tal dossiê prometido pelo primeiro advogado de João de Deus, está cada vez maior aparentemente e os ataques vêem de todos os lados.
Vana Lopes enfrenta um momento muito difícil após a cirurgia para a retirada de um câncer em Portugal, e recebendo a notícia que sua mãezinha faleceu 2 horas após sua cirurgia. Como uma guerreira ela esta se preparando para uma nova luta em sua vida: o longo tratamento de quimioterapia para salvar sua vida. Mas nada disso, impede que pessoas de baixo nível, todas agrupadas em torno de pessoas com os quais não conseguimos identificar suas intenções: caluniar, intimidar, calar?
Esperamos pacientemente que na medida em que TODOS os crimes cometidos por João de Deus e sua Organização Criminosa venham a público, estes ataques possam diminuir e a Justiça venha a prevalecer. No mais resolvemos tornar público um documento ao qual tivemos acesso a cerca de um mês, oficialmente, no qual eu e Sabrina Bittecourt fomos denunciadas formalmente ao Ministério Público Federal de Goiás.
Qual a denúncia contra nós há cerca de um ano atrás? Coloco entre aspas a denúncia encaminhada por Paulo Ayrton Pavesi em 31.01.2019:
“Maria do Carmo Santos, presidente da “ONG” Vítimas Unidas, que até onde se sabe não tem qualquer registro formal de existência, tem praticado uma série de abusos em união com a ativista Sabrina Bittencourt. Elas acreditam que desvendaram todo o mistério em volta de João de Deus, e parecem ter tomado para si as obrigações do Ministério Público. Ela estão “recolhendo denúncias” das mais infundadas, e sem verificação alguma, distribuindo nas redes como se fossem verdadeiras e homologadas pelo MPF. (...) A Jornalista Monica Bergamo dá poder as denuncias de Sabrina como se fossem verdades, tornando-a cada vez mais forte perante opinião pública” ...
E qual foi o resultado desta denúncia a qual tomamos conhecimento pelas lives e acusações levianas feitas pelo autor em suas mídias sociais em parceria com Ivani sua atual esposa e apoiado por muitos defensores do Criminoso João de Deus? Também entre aspas coloco a resposta do Ministério Público Federal do Estado de Goiás na PROMOÇÃO DO ARQUIVAMENTO da denúncia:
“Trata-se de representação formulada por PAULO PAVESI, por meio da qual relata, em apertada síntese, que Sabrina Bittencourt e Maria do Carmo Santos teriam feito acusações falsas por meio das redes sociais em detrimento de inúmeras pessoas, imputando-lhes a prática de diversos crimes, inclusive em face de “João de Deus”. (...) É o Relatório.
"Destaque-se inicialmente que os fatos narrados pelas ativistas Sabrina Bittencourt e Maria do Carmo Santos ensejaram a instauração de diversos procedimentos investigatórios no âmbito do Ministério Público do Estado de Goiás e da Procuradoria da República em Anápolis/GO. No âmbito estadual, as investigações já resultaram em diversas denúncias em face de João Teixeira de Faria, vulgo “João de Deus”, com a instauração de ações penais que se encontram em regular tramitação. Assim, as acusações apresentadas mostraram-se fundamentadas, não se justificando a instauração de procedimentos de qualquer natureza em face das requeridas ativistas”. Pedindo o ARQUIVAMENTO desta Notícia de fato."
Informo aos (as) amigos (as), por fim, que continuamos sim, contribuindo com vítimas e ou informantes do Caso João de Deus e todas aquelas que nos procurarem e com a qual nos identifiquemos com a causa, dentro das nossas possibilidades. E que na medida do possível estamos tomando todas as providências necessárias e judiciais contra as calúnias e falsas notícias crimes a nós atribuídos e perseguição a Membros dos nossos Grupos de Ativistas. Esclarecemos ainda que seguimos fortes e atuantes em nosso ativismo, de forma voluntária e consciente enquanto tivermos forças e compreendermos que nossa contribuição é necessária para a constituição de um Brasil melhor e com mais igualdade de gênero e social.
Maria do Carmo dos Santos
Grupo Vítimas Unidas
Movimento ao Combate ao Abuso no Meio Espiritual - COAME
MPFGO pede o arquivamento de denúncia de Paulo Pavesi contra Maria do Carmo Santos e Sabrina Bittencourt
Os (as) Amigos (as) que acompanham o nosso trabalho sabem muito bem, que desde sua criação os Membros do Grupo Vítimas Unidas sempre foram alvos de ataques das mais diferentes pessoas e ou Grupos. Estes se intensificaram muito conforme as ações do Grupo foram se expandindo e ganhando espaços no cenário nacional. Temos alertado nossos Administradores e participantes de que seríamos alvos de ataques dos mais vis e arcaicos possíveis daqueles que se incomodam demais com nossa atuação.
Só que tudo isso se intensificou com o escândalo que veio a público através do trabalho da imprensa do Caso João Teixeira de Faria, vulgo João de Deus no qual tanto eu, Maria do Carmo dos Santos do Grupo Vítimas Unidas, bem como de Sabrina Bittencourt do Grupo COAME atuamos. A partir do nosso trabalho formal de denúncias através das Forças Tarefas do Ministério Público Estadual em todo o país e do Ministério Público Federal de Goiás e de Agentes do Sistema Judiciário deste país no qual colaboramos com o apoio a vítimas e as informantes em colaboração direta com as mídias e todos aqueles que nos procuraram pedindo ajuda.
Desde então João Teixeira de Faria foi preso, bem como seu filho Sandro Teixeira, diversos Agentes Públicos e Privados estão sendo investigados e denunciados e através da divulgação feita pelo próprio Ministério Público do Estado de Goiás, tanto eu como Sabrina Bittencourt nos tornamos alvos de calúnias, perseguições e até ameaças de morte.
A vida de Sabrina foi destruída e até hoje seu ex-marido e filhos vivem escondidos. Eu e Vanuzia Leite Lopes conhecida como Vana Lopes, não estamos tendo melhor destino com ataques de todas as formas tentando nos caluniar e nos calar. Atingem a nossa honra e aos nossos familiares. O tal dossiê prometido pelo primeiro advogado de João de Deus, está cada vez maior aparentemente e os ataques vêem de todos os lados.
Vana Lopes enfrenta um momento muito difícil após a cirurgia para a retirada de um câncer em Portugal, e recebendo a notícia que sua mãezinha faleceu 2 horas após sua cirurgia. Como uma guerreira ela esta se preparando para uma nova luta em sua vida: o longo tratamento de quimioterapia para salvar sua vida. Mas nada disso, impede que pessoas de baixo nível, todas agrupadas em torno de pessoas com os quais não conseguimos identificar suas intenções: caluniar, intimidar, calar?
Esperamos pacientemente que na medida em que TODOS os crimes cometidos por João de Deus e sua Organização Criminosa venham a público, estes ataques possam diminuir e a Justiça venha a prevalecer. No mais resolvemos tornar público um documento ao qual tivemos acesso a cerca de um mês, oficialmente, no qual eu e Sabrina Bittecourt fomos denunciadas formalmente ao Ministério Público Federal de Goiás.
Qual a denúncia contra nós há cerca de um ano atrás? Coloco entre aspas a denúncia encaminhada por Paulo Ayrton Pavesi em 31.01.2019:
“Maria do Carmo Santos, presidente da “ONG” Vítimas Unidas, que até onde se sabe não tem qualquer registro formal de existência, tem praticado uma série de abusos em união com a ativista Sabrina Bittencourt. Elas acreditam que desvendaram todo o mistério em volta de João de Deus, e parecem ter tomado para si as obrigações do Ministério Público. Ela estão “recolhendo denúncias” das mais infundadas, e sem verificação alguma, distribuindo nas redes como se fossem verdadeiras e homologadas pelo MPF. (...) A Jornalista Monica Bergamo dá poder as denuncias de Sabrina como se fossem verdades, tornando-a cada vez mais forte perante opinião pública” ...
E qual foi o resultado desta denúncia a qual tomamos conhecimento pelas lives e acusações levianas feitas pelo autor em suas mídias sociais em parceria com Ivani sua atual esposa e apoiado por muitos defensores do Criminoso João de Deus? Também entre aspas coloco a resposta do Ministério Público Federal do Estado de Goiás na PROMOÇÃO DO ARQUIVAMENTO da denúncia:
“Trata-se de representação formulada por PAULO PAVESI, por meio da qual relata, em apertada síntese, que Sabrina Bittencourt e Maria do Carmo Santos teriam feito acusações falsas por meio das redes sociais em detrimento de inúmeras pessoas, imputando-lhes a prática de diversos crimes, inclusive em face de “João de Deus”. (...) É o Relatório.
"Destaque-se inicialmente que os fatos narrados pelas ativistas Sabrina Bittencourt e Maria do Carmo Santos ensejaram a instauração de diversos procedimentos investigatórios no âmbito do Ministério Público do Estado de Goiás e da Procuradoria da República em Anápolis/GO. No âmbito estadual, as investigações já resultaram em diversas denúncias em face de João Teixeira de Faria, vulgo “João de Deus”, com a instauração de ações penais que se encontram em regular tramitação. Assim, as acusações apresentadas mostraram-se fundamentadas, não se justificando a instauração de procedimentos de qualquer natureza em face das requeridas ativistas”. Pedindo o ARQUIVAMENTO desta Notícia de fato."
Informo aos (as) amigos (as), por fim, que continuamos sim, contribuindo com vítimas e ou informantes do Caso João de Deus e todas aquelas que nos procurarem e com a qual nos identifiquemos com a causa, dentro das nossas possibilidades. E que na medida do possível estamos tomando todas as providências necessárias e judiciais contra as calúnias e falsas notícias crimes a nós atribuídos e perseguição a Membros dos nossos Grupos de Ativistas. Esclarecemos ainda que seguimos fortes e atuantes em nosso ativismo, de forma voluntária e consciente enquanto tivermos forças e compreendermos que nossa contribuição é necessária para a constituição de um Brasil melhor e com mais igualdade de gênero e social.
Maria do Carmo dos Santos
Grupo Vítimas Unidas
Movimento ao Combate ao Abuso no Meio Espiritual - COAME
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020
Parem de tocar Anitta nas festas de criança. Apenas parem
Um dia desses fui com o meu filho em um buffet infantil para festa de uma amiguinha. A música que anunciou que a pista de dança estava aberta para os pequenos foi: “Prepara. Que agora. É hora. Do show das poderosas. Que descem. Rebolam. Afrontam as fogosas. Só as que incomodam. Expulsam as invejosas. Que ficam de cara. Quando toca”. “Show das Poderosas”, da funkeira Anitta.
Festinha do dia das crianças do condomínio ao lado de onde moro, ano passado. Vejo um “pula-pula” sendo montado logo cedo. Escorregador inflável. Avisto um palhaço. Mas sabe como soube que a festa finalmente tinha começado, horas depois? “Se não tá mais à vontade, sai por onde entrei. Quando começo a dançar eu te enlouqueço, eu sei. Meu exército é pesado, a gente tem poder. Ameaça coisas do tipo você.”
E comecei a pensar de onde as pessoas tiraram a ideia de que essa música tem alguma relação, mesmo que remota, com o universo infantil. E quero deixar claro que não tenho nada contra a Anitta. Mesmo. Acho que ela tem seu valor, que “Show das Poderosas” deve ser uma música ótima para dançar na balada. Mas não consigo entender como ouvir “descem, rebolam, afrontam as fogosas” pode ajudar na formação ou no vocabulário do meu filho ou de alguma criança deste mundo.
Mas voltemos à festa no buffet para que justiça seja feita, afinal, não foi só a música da Anitta que apareceu por lá . Logo começou uma “gemeção”: “Nossa. Nossa. Assim você me mata. Ai, se eu te pego. Ai, se eu te pego. Delícia. Delícia. Assim você me mata. Ai se eu te pego, ai, ai…”
Gosto muito do Michel Teló. Inclusive já o entrevistei uma vez. Ele faz sucesso no mundo todo, do Brasil à Romênia. Fez com que gente que nunca tinha falado uma palavra de português começasse a cantar na nossa língua. Samuca logo quis saber do que se tratava aquela letra quando assistiu ao clipe de “Ai se eu te pego” no Youtube – a música, patrocinada, aparecia sempre antes do desenho favorito dele. Expliquei, num susto, que o “ai se eu te pego” era sobre brincar de pega-pega. E me senti esperta. Só que na festa eu estava alerta e com medo de não ser tão rápida no gatilho se viesse uma próxima pergunta. Por isso logo tirei meu filho de lá com um argumento infalível: “vamos comer um brigadeiro?”. Dito e feito. “Mulheres na frente, os homens atrás. Mão na cabeça que vai começar. O rebolation, tion o rebolation, o rebolation, tion, rebolation”.
Claro que esse tipo de música não toca em todos os buffets infantis. Claro que a grande maioria de mães e pais tem cuidado na hora de escolher o que os filhos podem e devem escutar quando o assunto é música. Ainda bem.
Aposto que vão chover e-mails dizendo que “não podemos colocar nossos filhos em uma redoma de vidro”. Ou que “essas músicas tocam na rádio o dia inteiro, não há como evitar que eles ouçam” ou que “isso é questão de gosto” e até coisas mais pesadas: “Nossa, Rita, como você é preconceituosa! Funk é um movimento cultural e musical e… ” e blá blá blá.
Só acho mais legal que meu filho saiba que “com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo”. Ou que queira “pegar carona nessa cauda de cometa, ver a via láctea, estrada tão bonita. Brincar de esconde-esconde numa nebulosa. Voltar para a casa, nosso lindo balão azul!”
Muito anos 80? Pode ser.
A letra da música preferida de Samuca, menino fabricado em 2009/modelo 2010, é essa: “Acordei com o pé esquerdo. Calcei meu pé de pato. Chutei o pé da cama. Botei o pé na estrada. Deu um pé de vento. Caiu um pé d’água. Enfiei o pé na lama. Perdi o pé de apoio. Agarrei num pé de planta. Despenquei com pé descalço. Tomei pé da situação. Tava tudo em pé de guerra. Tudo em pé de guerra”.
Ontem começou uma chuvona dessas que caem todo fim de tarde em São Paulo. E Samuca comenta comigo, todo feliz e sabido. “Que pé d´água, né, mamãe?”
PS: Obrigada, Palavra Cantada – Sandra Peres e Paulo Tatit – pela graça alcançada
Texto de RITA LISAUSKAS, jornalista e escritora. Autora do "Mãe Sem Manual", Editora Belas Letras, é também colunista da Rádio Eldorado. É mãe do Samuel e madrasta do Raphael e do Lucca.
https://emais.estadao.com.br/blogs/ser-mae/parem-de-tocar-anitta-nas-festas-de-crianca-apenas-parem/
Festinha do dia das crianças do condomínio ao lado de onde moro, ano passado. Vejo um “pula-pula” sendo montado logo cedo. Escorregador inflável. Avisto um palhaço. Mas sabe como soube que a festa finalmente tinha começado, horas depois? “Se não tá mais à vontade, sai por onde entrei. Quando começo a dançar eu te enlouqueço, eu sei. Meu exército é pesado, a gente tem poder. Ameaça coisas do tipo você.”
E comecei a pensar de onde as pessoas tiraram a ideia de que essa música tem alguma relação, mesmo que remota, com o universo infantil. E quero deixar claro que não tenho nada contra a Anitta. Mesmo. Acho que ela tem seu valor, que “Show das Poderosas” deve ser uma música ótima para dançar na balada. Mas não consigo entender como ouvir “descem, rebolam, afrontam as fogosas” pode ajudar na formação ou no vocabulário do meu filho ou de alguma criança deste mundo.
Mas voltemos à festa no buffet para que justiça seja feita, afinal, não foi só a música da Anitta que apareceu por lá . Logo começou uma “gemeção”: “Nossa. Nossa. Assim você me mata. Ai, se eu te pego. Ai, se eu te pego. Delícia. Delícia. Assim você me mata. Ai se eu te pego, ai, ai…”
Gosto muito do Michel Teló. Inclusive já o entrevistei uma vez. Ele faz sucesso no mundo todo, do Brasil à Romênia. Fez com que gente que nunca tinha falado uma palavra de português começasse a cantar na nossa língua. Samuca logo quis saber do que se tratava aquela letra quando assistiu ao clipe de “Ai se eu te pego” no Youtube – a música, patrocinada, aparecia sempre antes do desenho favorito dele. Expliquei, num susto, que o “ai se eu te pego” era sobre brincar de pega-pega. E me senti esperta. Só que na festa eu estava alerta e com medo de não ser tão rápida no gatilho se viesse uma próxima pergunta. Por isso logo tirei meu filho de lá com um argumento infalível: “vamos comer um brigadeiro?”. Dito e feito. “Mulheres na frente, os homens atrás. Mão na cabeça que vai começar. O rebolation, tion o rebolation, o rebolation, tion, rebolation”.
Claro que esse tipo de música não toca em todos os buffets infantis. Claro que a grande maioria de mães e pais tem cuidado na hora de escolher o que os filhos podem e devem escutar quando o assunto é música. Ainda bem.
Aposto que vão chover e-mails dizendo que “não podemos colocar nossos filhos em uma redoma de vidro”. Ou que “essas músicas tocam na rádio o dia inteiro, não há como evitar que eles ouçam” ou que “isso é questão de gosto” e até coisas mais pesadas: “Nossa, Rita, como você é preconceituosa! Funk é um movimento cultural e musical e… ” e blá blá blá.
Só acho mais legal que meu filho saiba que “com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo”. Ou que queira “pegar carona nessa cauda de cometa, ver a via láctea, estrada tão bonita. Brincar de esconde-esconde numa nebulosa. Voltar para a casa, nosso lindo balão azul!”
Muito anos 80? Pode ser.
A letra da música preferida de Samuca, menino fabricado em 2009/modelo 2010, é essa: “Acordei com o pé esquerdo. Calcei meu pé de pato. Chutei o pé da cama. Botei o pé na estrada. Deu um pé de vento. Caiu um pé d’água. Enfiei o pé na lama. Perdi o pé de apoio. Agarrei num pé de planta. Despenquei com pé descalço. Tomei pé da situação. Tava tudo em pé de guerra. Tudo em pé de guerra”.
Ontem começou uma chuvona dessas que caem todo fim de tarde em São Paulo. E Samuca comenta comigo, todo feliz e sabido. “Que pé d´água, né, mamãe?”
PS: Obrigada, Palavra Cantada – Sandra Peres e Paulo Tatit – pela graça alcançada
Texto de RITA LISAUSKAS, jornalista e escritora. Autora do "Mãe Sem Manual", Editora Belas Letras, é também colunista da Rádio Eldorado. É mãe do Samuel e madrasta do Raphael e do Lucca.
https://emais.estadao.com.br/blogs/ser-mae/parem-de-tocar-anitta-nas-festas-de-crianca-apenas-parem/
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