É um alívio o anúncio pela nova secretária de Educação do Estado, Maria Helena Guimarães de Castro, de que as 5,5 mil escolas paulistas e seus 245 mil professores terão de cumprir metas específicas e serão recompensadas as unidades que as cumprirem com vantagens financeiras para seu corpo funcional, pessoal administrativo e supervisores também. Com 98,6% das crianças com idade entre 7 e 14 anos na escola, a rede de ensino básico de São Paulo tinha tudo para ser um modelo para as outras Unidades da Federação, mas, ao contrário, tem sido muito mal avaliada na comparação, principalmente pelo engano cometido no governo Mário Covas de optar pelos ditos ciclos continuados. Estes reduziram drasticamente os índices de reprovação (ora, a aprovação passou a ser automática!), mas os alunos terminam os ciclos semi-alfabetizados quando não analfabetos mesmo. O governador José Serra, que costuma dar aulas de Matemática às quartas-feiras em escolas primárias, resolveu pegar à unha o desafio de melhorar esse quadro. E, para tanto, adotou um sistema de metas assemelhado ao previsto no chamado “PAC da Educação” lançado pelo ministro Fernando Haddad no primeiro semestre deste ano.À estratégia do governo federal petista de avaliar apenas o desempenho dos alunos, o governador estadual paulista tucano adicionou um sistema de bonificações salariais, no qual pretende gastar R$ 700 milhões em 2008, para os professores bem avaliados em itens como assiduidade, estabilidade da equipe e controle nos gastos de luz, água e telefone. Em entrevista ao Estado, a secretária da Educação esclareceu que não será estimulada uma competição entre escolas. “A idéia”, segundo ela, “é comparar a escola em relação a ela mesmo, considerando sua evolução no tempo. Quanto mais a escola avançar em relação às metas determinadas para ela, mais receberá. Se a escola está péssima e fizer um esforço muito grande, maior será a remuneração da equipe.”Não se espera do governo estadual que recupere, num passe de mágica, do dia para a noite, o atraso em que se encontra a instrução pública em São Paulo. Mas esse sistema de premiar as escolas que evoluírem mais rapidamente na qualidade de ensino e na eficiência de gestão pode dar impulso para o salto de qualidade a ser dado. Impulso para o salto de qualidade no ensino
É um alívio o anúncio pela nova secretária de Educação do Estado, Maria Helena Guimarães de Castro, de que as 5,5 mil escolas paulistas e seus 245 mil professores terão de cumprir metas específicas e serão recompensadas as unidades que as cumprirem com vantagens financeiras para seu corpo funcional, pessoal administrativo e supervisores também. Com 98,6% das crianças com idade entre 7 e 14 anos na escola, a rede de ensino básico de São Paulo tinha tudo para ser um modelo para as outras Unidades da Federação, mas, ao contrário, tem sido muito mal avaliada na comparação, principalmente pelo engano cometido no governo Mário Covas de optar pelos ditos ciclos continuados. Estes reduziram drasticamente os índices de reprovação (ora, a aprovação passou a ser automática!), mas os alunos terminam os ciclos semi-alfabetizados quando não analfabetos mesmo. O governador José Serra, que costuma dar aulas de Matemática às quartas-feiras em escolas primárias, resolveu pegar à unha o desafio de melhorar esse quadro. E, para tanto, adotou um sistema de metas assemelhado ao previsto no chamado “PAC da Educação” lançado pelo ministro Fernando Haddad no primeiro semestre deste ano.À estratégia do governo federal petista de avaliar apenas o desempenho dos alunos, o governador estadual paulista tucano adicionou um sistema de bonificações salariais, no qual pretende gastar R$ 700 milhões em 2008, para os professores bem avaliados em itens como assiduidade, estabilidade da equipe e controle nos gastos de luz, água e telefone. Em entrevista ao Estado, a secretária da Educação esclareceu que não será estimulada uma competição entre escolas. “A idéia”, segundo ela, “é comparar a escola em relação a ela mesmo, considerando sua evolução no tempo. Quanto mais a escola avançar em relação às metas determinadas para ela, mais receberá. Se a escola está péssima e fizer um esforço muito grande, maior será a remuneração da equipe.”Não se espera do governo estadual que recupere, num passe de mágica, do dia para a noite, o atraso em que se encontra a instrução pública em São Paulo. Mas esse sistema de premiar as escolas que evoluírem mais rapidamente na qualidade de ensino e na eficiência de gestão pode dar impulso para o salto de qualidade a ser dado.
Editorial do Jornal da Tarde de 26/08/07
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