A Microservice -maior fabricante de CDs, DVDs e games na América Latina- assina hoje um contrato de exclusividade por 20 anos com o cantor sertanejo Ralf pelo uso da patente do SMD (Semi Metalic Disc). Essa tecnologia, segundo a empresa, permite colocar nas lojas produtos a preços de camelô: um CD sairá por R$ 5, um DVD, por R$ 8, e os games, entre R$ 12 e R$ 15."Os preços serão impressos nos produtos", afirma Isaac Hemsi, diretor-geral da Microservice.Há duas explicações para a diferença de até 80% entre o preço de CDs, DVDs e games convencionais e os gravados em SMD. Os discos comuns têm ligas metálicas reduzidas pela metade na versão SMD."Só aí já vai uma queda de 30% no custo", afirma o cantor Ralf, que obteve a patente com a ajuda de especialistas e o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia, em 2003.A redução do preço aumenta porque, pelo contrato, artistas e desenvolvedores de software abrem mão das margens de lucro por disco para recuperá-las com o volume de vendas. "A idéia é retomar o que se perdeu com a pirataria", diz Hemsi.A Folha apurou que a Nintendo -uma das maiores fabricantes de games do mundo- está prestes a fechar um contrato para lançar seus cinco jogos de maior sucesso em SMD. O preço seria equivalente a R$ 15. Nos camelôs, eles são vendidos por até R$ 18, e, nas lojas, o consumidor chega a desembolsar até sete vezes essa cifra.
Potencial de ganhoO cantor e compositor sertanejo Ralf entrou no negócio depois de amargar perdas para os piratas na venda de seus discos, em parceria com Christian. "Não era justo só viver de show e deixar os informais faturarem em cima dos nossos discos", afirma Ralf.Então, ele procurou ajuda de amigos especialistas em informática e começou a desenvolver o SMD. O projeto ficou pronto em 2003, quando Ralf conseguiu um contato no Ministério da Ciência e Tecnologia. "O governo viu ali uma chance de combater a pirataria", diz. Com o apoio público, ele obteve a patente mundial. Ele afirma ter pago R$ 3 milhões pelos registros em mais de uma dezena de países.As pretensões da Microservice e do cantor Ralf são grandes. Como a patente do SMD é mundial, qualquer cliente interessado, no Brasil ou no exterior, terá de recorrer aos serviços da Microservice e de Ralf.Cálculos da ABPD (Associação Brasileira dos Produtores de Discos) indicam que as vendas ilegais correspondam à metade do mercado fonográfico no Brasil. No mundo, as perdas anuais com a pirataria giram em torno de US$ 5 bilhões.
Meu comentário:
Parabéns ao Ralf, pirataria se combate baixando os preços, com muita inteligência e muita persistência. A criatividade do Ralf faz jus ao jeitinho brasileiro, para grandes males, grandes soluções com pequeno custo.
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
terça-feira, 28 de agosto de 2007
Mais impostos: CRIAÇÃO DE 09 ESTADOS E 700 MUNICÍPIOS
Goiás tinha 03 senadores e 17 deputados, agora no mesmo espaço físico tem 09 senadores e 33 deputados, 03 legislativos, 03 judiciários, 03 executivos com suas inúmeras secretárias e seus milhares de funcionários.
Delfim Neto: estão brincando com fogo.
Joelmir Beting pergunta - Como fica a evolução dos gastos públicos com a criação de mais 08 novos estados e 700 novos municípios?
Delfim Neto responde – Nós estamos brincando com fogo se for olhar para essa besteirada que aí, vai acontecer o seguinte: o Norte, o Nordeste e o Centro-Oeste terão uma maioria no Senado e na Câmara para poder mudar a constituição sem ouvir o Sul, essa gente ta provocando o quê, uma arbitragem no porrete, isto é um bando de alucinados de aloprados, tratam os estados como se tudo fosse uma que nós podemos mudar.Eu me lembro o quanto eu briguei... quando se fez o que se fez em Goiás. Goiás deveria ser um exemplo pra nós. Quando começou a constituição de 88 o estado de Goiás que é um espaço físico bem determinado, com uma população bem determinada, tinha 03 senadores e 17 deputados. Doutor Ulisses por que queria e queria, por que tinha deixar lá um governador amigo dele, criou o Distrito Federal, que devia ser uma simples prefeitura, podia até ser eleito, mas uma prefeitura. Junto com o Distrito Federal criou-se o Poder Judiciário, o Poder Legislativo, um poder Executivo monstruoso, tudo recebendo na verdade subsídios do governo federal. Muito bem deu-se então pro Distrito Federal 03 senadores e 08 deputados. Depois o nosso Siqueira Campos fez uma ameaça de greve de fome, criou-se o estado do Tocantins e deu-se mais 03 senadores e 08 deputados.
Moral da história, o mesmo espaço geográfico, com a mesma população quando terminou a constituição tinha 09 senadores e 33 deputados.
É um país sério?
Transcrição de entrevista do Prof. Delfim Neto Bandeirantes em 27/08/07 no Bom Dia Gente.
Delfim Neto: estão brincando com fogo.
Joelmir Beting pergunta - Como fica a evolução dos gastos públicos com a criação de mais 08 novos estados e 700 novos municípios?
Delfim Neto responde – Nós estamos brincando com fogo se for olhar para essa besteirada que aí, vai acontecer o seguinte: o Norte, o Nordeste e o Centro-Oeste terão uma maioria no Senado e na Câmara para poder mudar a constituição sem ouvir o Sul, essa gente ta provocando o quê, uma arbitragem no porrete, isto é um bando de alucinados de aloprados, tratam os estados como se tudo fosse uma que nós podemos mudar.Eu me lembro o quanto eu briguei... quando se fez o que se fez em Goiás. Goiás deveria ser um exemplo pra nós. Quando começou a constituição de 88 o estado de Goiás que é um espaço físico bem determinado, com uma população bem determinada, tinha 03 senadores e 17 deputados. Doutor Ulisses por que queria e queria, por que tinha deixar lá um governador amigo dele, criou o Distrito Federal, que devia ser uma simples prefeitura, podia até ser eleito, mas uma prefeitura. Junto com o Distrito Federal criou-se o Poder Judiciário, o Poder Legislativo, um poder Executivo monstruoso, tudo recebendo na verdade subsídios do governo federal. Muito bem deu-se então pro Distrito Federal 03 senadores e 08 deputados. Depois o nosso Siqueira Campos fez uma ameaça de greve de fome, criou-se o estado do Tocantins e deu-se mais 03 senadores e 08 deputados.
Moral da história, o mesmo espaço geográfico, com a mesma população quando terminou a constituição tinha 09 senadores e 33 deputados.
É um país sério?
Transcrição de entrevista do Prof. Delfim Neto Bandeirantes em 27/08/07 no Bom Dia Gente.
domingo, 26 de agosto de 2007
Lula - Meu mandato termina no dia 31 de dezembro de 2010
Entrevista com Luis Inácio Lula da Silva
O sr. disse que é pernicioso ter alguém que se considera insubstituível ou imprescindível, que isso gera ditadorzinhos. O presidente venezuelano Hugo Chávez está querendo reeleições por tempo indeterminado. Ele é um ditador?
Lula - Não julgo o comportamento de outros países. O Chávez está propondo mudança na Constituição. Se tiver maioria para fazer... Eu não peço (reeleições indefinidas) porque sou adepto da alternância de poder.
Mesmo com feitiçaria política do povo pedindo na rua um 3º mandato?Não tem essa de o povo pedir.
Lula - Meu mandato termina no dia 31 de dezembro de 2010. Agradeço ao povo brasileiro o carinho que teve comigo e passo a faixa para outro presidente da República em 1º de janeiro de 2011. E vou fazer meu coelhinho assado, que faz uns cinco anos que eu não faço.Mesmo com feitiçaria política do povo pedindo na rua um 3º mandato?Não tem essa de o povo pedir. Meu mandato termina no dia 31 de dezembro de 2010. Agradeço ao povo brasileiro o carinho que teve comigo e passo a faixa para outro presidente da República em 1º de janeiro de 2011. E vou fazer meu coelhinho assado, que faz uns cinco anos que eu não faço.
Vamos conferir em 01/01/2011
Trechos da entrevista de Lula, cuja íntegra está em
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20070826/not_imp41136,0.php
O sr. disse que é pernicioso ter alguém que se considera insubstituível ou imprescindível, que isso gera ditadorzinhos. O presidente venezuelano Hugo Chávez está querendo reeleições por tempo indeterminado. Ele é um ditador?
Lula - Não julgo o comportamento de outros países. O Chávez está propondo mudança na Constituição. Se tiver maioria para fazer... Eu não peço (reeleições indefinidas) porque sou adepto da alternância de poder.
Mesmo com feitiçaria política do povo pedindo na rua um 3º mandato?Não tem essa de o povo pedir.
Lula - Meu mandato termina no dia 31 de dezembro de 2010. Agradeço ao povo brasileiro o carinho que teve comigo e passo a faixa para outro presidente da República em 1º de janeiro de 2011. E vou fazer meu coelhinho assado, que faz uns cinco anos que eu não faço.Mesmo com feitiçaria política do povo pedindo na rua um 3º mandato?Não tem essa de o povo pedir. Meu mandato termina no dia 31 de dezembro de 2010. Agradeço ao povo brasileiro o carinho que teve comigo e passo a faixa para outro presidente da República em 1º de janeiro de 2011. E vou fazer meu coelhinho assado, que faz uns cinco anos que eu não faço.
Vamos conferir em 01/01/2011
Trechos da entrevista de Lula, cuja íntegra está em
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20070826/not_imp41136,0.php
Impulso para o salto de qualidade no ensino
É um alívio o anúncio pela nova secretária de Educação do Estado, Maria Helena Guimarães de Castro, de que as 5,5 mil escolas paulistas e seus 245 mil professores terão de cumprir metas específicas e serão recompensadas as unidades que as cumprirem com vantagens financeiras para seu corpo funcional, pessoal administrativo e supervisores também. Com 98,6% das crianças com idade entre 7 e 14 anos na escola, a rede de ensino básico de São Paulo tinha tudo para ser um modelo para as outras Unidades da Federação, mas, ao contrário, tem sido muito mal avaliada na comparação, principalmente pelo engano cometido no governo Mário Covas de optar pelos ditos ciclos continuados. Estes reduziram drasticamente os índices de reprovação (ora, a aprovação passou a ser automática!), mas os alunos terminam os ciclos semi-alfabetizados quando não analfabetos mesmo. O governador José Serra, que costuma dar aulas de Matemática às quartas-feiras em escolas primárias, resolveu pegar à unha o desafio de melhorar esse quadro. E, para tanto, adotou um sistema de metas assemelhado ao previsto no chamado “PAC da Educação” lançado pelo ministro Fernando Haddad no primeiro semestre deste ano.À estratégia do governo federal petista de avaliar apenas o desempenho dos alunos, o governador estadual paulista tucano adicionou um sistema de bonificações salariais, no qual pretende gastar R$ 700 milhões em 2008, para os professores bem avaliados em itens como assiduidade, estabilidade da equipe e controle nos gastos de luz, água e telefone. Em entrevista ao Estado, a secretária da Educação esclareceu que não será estimulada uma competição entre escolas. “A idéia”, segundo ela, “é comparar a escola em relação a ela mesmo, considerando sua evolução no tempo. Quanto mais a escola avançar em relação às metas determinadas para ela, mais receberá. Se a escola está péssima e fizer um esforço muito grande, maior será a remuneração da equipe.”Não se espera do governo estadual que recupere, num passe de mágica, do dia para a noite, o atraso em que se encontra a instrução pública em São Paulo. Mas esse sistema de premiar as escolas que evoluírem mais rapidamente na qualidade de ensino e na eficiência de gestão pode dar impulso para o salto de qualidade a ser dado. Impulso para o salto de qualidade no ensino
É um alívio o anúncio pela nova secretária de Educação do Estado, Maria Helena Guimarães de Castro, de que as 5,5 mil escolas paulistas e seus 245 mil professores terão de cumprir metas específicas e serão recompensadas as unidades que as cumprirem com vantagens financeiras para seu corpo funcional, pessoal administrativo e supervisores também. Com 98,6% das crianças com idade entre 7 e 14 anos na escola, a rede de ensino básico de São Paulo tinha tudo para ser um modelo para as outras Unidades da Federação, mas, ao contrário, tem sido muito mal avaliada na comparação, principalmente pelo engano cometido no governo Mário Covas de optar pelos ditos ciclos continuados. Estes reduziram drasticamente os índices de reprovação (ora, a aprovação passou a ser automática!), mas os alunos terminam os ciclos semi-alfabetizados quando não analfabetos mesmo. O governador José Serra, que costuma dar aulas de Matemática às quartas-feiras em escolas primárias, resolveu pegar à unha o desafio de melhorar esse quadro. E, para tanto, adotou um sistema de metas assemelhado ao previsto no chamado “PAC da Educação” lançado pelo ministro Fernando Haddad no primeiro semestre deste ano.À estratégia do governo federal petista de avaliar apenas o desempenho dos alunos, o governador estadual paulista tucano adicionou um sistema de bonificações salariais, no qual pretende gastar R$ 700 milhões em 2008, para os professores bem avaliados em itens como assiduidade, estabilidade da equipe e controle nos gastos de luz, água e telefone. Em entrevista ao Estado, a secretária da Educação esclareceu que não será estimulada uma competição entre escolas. “A idéia”, segundo ela, “é comparar a escola em relação a ela mesmo, considerando sua evolução no tempo. Quanto mais a escola avançar em relação às metas determinadas para ela, mais receberá. Se a escola está péssima e fizer um esforço muito grande, maior será a remuneração da equipe.”Não se espera do governo estadual que recupere, num passe de mágica, do dia para a noite, o atraso em que se encontra a instrução pública em São Paulo. Mas esse sistema de premiar as escolas que evoluírem mais rapidamente na qualidade de ensino e na eficiência de gestão pode dar impulso para o salto de qualidade a ser dado.
Editorial do Jornal da Tarde de 26/08/07
É um alívio o anúncio pela nova secretária de Educação do Estado, Maria Helena Guimarães de Castro, de que as 5,5 mil escolas paulistas e seus 245 mil professores terão de cumprir metas específicas e serão recompensadas as unidades que as cumprirem com vantagens financeiras para seu corpo funcional, pessoal administrativo e supervisores também. Com 98,6% das crianças com idade entre 7 e 14 anos na escola, a rede de ensino básico de São Paulo tinha tudo para ser um modelo para as outras Unidades da Federação, mas, ao contrário, tem sido muito mal avaliada na comparação, principalmente pelo engano cometido no governo Mário Covas de optar pelos ditos ciclos continuados. Estes reduziram drasticamente os índices de reprovação (ora, a aprovação passou a ser automática!), mas os alunos terminam os ciclos semi-alfabetizados quando não analfabetos mesmo. O governador José Serra, que costuma dar aulas de Matemática às quartas-feiras em escolas primárias, resolveu pegar à unha o desafio de melhorar esse quadro. E, para tanto, adotou um sistema de metas assemelhado ao previsto no chamado “PAC da Educação” lançado pelo ministro Fernando Haddad no primeiro semestre deste ano.À estratégia do governo federal petista de avaliar apenas o desempenho dos alunos, o governador estadual paulista tucano adicionou um sistema de bonificações salariais, no qual pretende gastar R$ 700 milhões em 2008, para os professores bem avaliados em itens como assiduidade, estabilidade da equipe e controle nos gastos de luz, água e telefone. Em entrevista ao Estado, a secretária da Educação esclareceu que não será estimulada uma competição entre escolas. “A idéia”, segundo ela, “é comparar a escola em relação a ela mesmo, considerando sua evolução no tempo. Quanto mais a escola avançar em relação às metas determinadas para ela, mais receberá. Se a escola está péssima e fizer um esforço muito grande, maior será a remuneração da equipe.”Não se espera do governo estadual que recupere, num passe de mágica, do dia para a noite, o atraso em que se encontra a instrução pública em São Paulo. Mas esse sistema de premiar as escolas que evoluírem mais rapidamente na qualidade de ensino e na eficiência de gestão pode dar impulso para o salto de qualidade a ser dado.
Editorial do Jornal da Tarde de 26/08/07
Os fins não justificam os meios
É aceitável que grupos alheios à universidade a usem como palco de suas reivindicações, por mais justas que possam ser?
AFORTUNADAMENTE vigora no Brasil o Estado democrático de Direito. As instituições estão em funcionamento e há liberdade de expressão, diferentemente do que já houve no passado. Longe de ter o país atingido o nirvana, muitos são os problemas a serem solucionados, dentre os quais avulta a necessidade de melhor distribuição de renda e de redução das desigualdades sociais. Mas não se terá um país mais justo pondo em xeque e solapando as instituições. Graças aos esforços de muitas gerações, a universidade pública brasileira detém índices acadêmicos e de pesquisa muito bons. Isso não obstante a baixa remuneração de professores e funcionários, que laboram em condições nem sempre razoáveis. Algumas dessas universidades começam a galgar, firmemente, rankings globais de excelência. É aceitável que grupos alheios à universidade a usem como palco privilegiado de suas reivindicações, por mais justas que possam ser? Desacreditando a universidade pública, o Brasil tornar-se-á mais equânime? Os movimentos sociais, que são legítimos e contam com o respaldo de grande parte da população, devem ser os primeiros a respeitar a universidade, em cujos recintos se encontra o ambiente propício para discutir e fazer avançar os seus propósitos. Relembremos os fatos ocorridos em 21 de agosto último no largo de São Francisco, a partir das 19h. Inopinadamente, já em curso as aulas do período noturno na Faculdade de Direito da USP, entram nela dezenas e dezenas de simpatizantes da Educafro, com suas bandeiras e tambores, seguidos por numerosos membros do MST, com seus colchões, víveres e insígnias, escudados em cerca de 25 crianças, além de outros movimentos ainda em busca de maior expressão. Corredores estratégicos são bloqueados com móveis e passam a ser controlados; funcionários, professores e alunos são, temporariamente, retidos; e portas são lacradas com correntes e cadeados pelos invasores. Nada a ver com o 23 de junho de 1968, quando os estudantes da própria faculdade a ocuparam por 26 dias. Reivindicavam a reestruturação do curso, ao mesmo tempo em que protestavam contra a ditadura militar. Durante a ocupação, realizaram inúmeras atividades didáticas e contaram com o apoio de vários professores, entre eles Goffredo da Silva Telles Júnior e Dalmo Dallari. Saíram quando a Tropa de Choque invadiu o prédio e prendeu cerca de 40. Agora, nenhum grupo estudantil reivindicou o protagonismo da invasão. Malogrado o intento, simpatizantes da UNE e a atual diretoria do Centro Acadêmico XI de Agosto -que chegara a se oferecer para mediar acordo entre a diretoria da faculdade e os ocupantes, o que, "per se", implica não ser parte- passaram a brandir o argumento da presença estudantil. A oferta de negociação constituía-se em eufemismo para a imposição de inaceitável fato consumado. Justamente por isso não houve, em nenhum momento, acordo que possibilitasse a permanência dos invasores nas dependências da faculdade. Até porque bens públicos estão adstritos a regramento legal que não permite ao administrador usá-los a seu bel-prazer. Por outro lado, a faculdade tem objetivos-meios e objetivos-fins cuja busca não pode ser interrompida, sob pena de responsabilização civil e penal de seu diretor, a quem cabe, ademais, velar pela integridade de alunos, funcionários e professores. Ante o esbulho possessório e o risco que corriam pessoas e o imóvel tombado, o pedido para que a Polícia Militar retirasse, com as cautelas devidas, os invasores foi não somente legal como também legítimo. Se, de um lado, não é usual nem desejável a entrada de polícia nas dependências da faculdade, de outro, não se tem notícia de uma invasão concertada de movimentos sociais nas centenárias arcadas. Daí soar falsa a invocação da democracia feita pelos porta-vozes de tais agrupamentos, quando os atos perpetrados no sagrado solo de são Francisco a desmentem cabalmente. O território livre de são Francisco existe, sim, e continua preservado. Está aberto para acolher debates de idéias que conduzam às mudanças sociais pelas quais o Brasil anseia. A polícia não entrou para sufocar tais discussões e mesmo protestos, ínsitos à democracia. Procurou apenas impedir a continuação de ilegalidades, como o cerceamento do direito de ir e vir dos que estudam e trabalham no local e a interrupção do processo educativo, garantindo, enfim, que a universidade continuasse a cumprir seu papel, para o qual é sustentada pelos impostos de todos os paulistas.
Texto de JOÃO GRANDINO RODAS , 60, desembargador federal aposentado, diretor da Faculdade de Direito da USP e vice-presidente do Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul. Foi presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
AFORTUNADAMENTE vigora no Brasil o Estado democrático de Direito. As instituições estão em funcionamento e há liberdade de expressão, diferentemente do que já houve no passado. Longe de ter o país atingido o nirvana, muitos são os problemas a serem solucionados, dentre os quais avulta a necessidade de melhor distribuição de renda e de redução das desigualdades sociais. Mas não se terá um país mais justo pondo em xeque e solapando as instituições. Graças aos esforços de muitas gerações, a universidade pública brasileira detém índices acadêmicos e de pesquisa muito bons. Isso não obstante a baixa remuneração de professores e funcionários, que laboram em condições nem sempre razoáveis. Algumas dessas universidades começam a galgar, firmemente, rankings globais de excelência. É aceitável que grupos alheios à universidade a usem como palco privilegiado de suas reivindicações, por mais justas que possam ser? Desacreditando a universidade pública, o Brasil tornar-se-á mais equânime? Os movimentos sociais, que são legítimos e contam com o respaldo de grande parte da população, devem ser os primeiros a respeitar a universidade, em cujos recintos se encontra o ambiente propício para discutir e fazer avançar os seus propósitos. Relembremos os fatos ocorridos em 21 de agosto último no largo de São Francisco, a partir das 19h. Inopinadamente, já em curso as aulas do período noturno na Faculdade de Direito da USP, entram nela dezenas e dezenas de simpatizantes da Educafro, com suas bandeiras e tambores, seguidos por numerosos membros do MST, com seus colchões, víveres e insígnias, escudados em cerca de 25 crianças, além de outros movimentos ainda em busca de maior expressão. Corredores estratégicos são bloqueados com móveis e passam a ser controlados; funcionários, professores e alunos são, temporariamente, retidos; e portas são lacradas com correntes e cadeados pelos invasores. Nada a ver com o 23 de junho de 1968, quando os estudantes da própria faculdade a ocuparam por 26 dias. Reivindicavam a reestruturação do curso, ao mesmo tempo em que protestavam contra a ditadura militar. Durante a ocupação, realizaram inúmeras atividades didáticas e contaram com o apoio de vários professores, entre eles Goffredo da Silva Telles Júnior e Dalmo Dallari. Saíram quando a Tropa de Choque invadiu o prédio e prendeu cerca de 40. Agora, nenhum grupo estudantil reivindicou o protagonismo da invasão. Malogrado o intento, simpatizantes da UNE e a atual diretoria do Centro Acadêmico XI de Agosto -que chegara a se oferecer para mediar acordo entre a diretoria da faculdade e os ocupantes, o que, "per se", implica não ser parte- passaram a brandir o argumento da presença estudantil. A oferta de negociação constituía-se em eufemismo para a imposição de inaceitável fato consumado. Justamente por isso não houve, em nenhum momento, acordo que possibilitasse a permanência dos invasores nas dependências da faculdade. Até porque bens públicos estão adstritos a regramento legal que não permite ao administrador usá-los a seu bel-prazer. Por outro lado, a faculdade tem objetivos-meios e objetivos-fins cuja busca não pode ser interrompida, sob pena de responsabilização civil e penal de seu diretor, a quem cabe, ademais, velar pela integridade de alunos, funcionários e professores. Ante o esbulho possessório e o risco que corriam pessoas e o imóvel tombado, o pedido para que a Polícia Militar retirasse, com as cautelas devidas, os invasores foi não somente legal como também legítimo. Se, de um lado, não é usual nem desejável a entrada de polícia nas dependências da faculdade, de outro, não se tem notícia de uma invasão concertada de movimentos sociais nas centenárias arcadas. Daí soar falsa a invocação da democracia feita pelos porta-vozes de tais agrupamentos, quando os atos perpetrados no sagrado solo de são Francisco a desmentem cabalmente. O território livre de são Francisco existe, sim, e continua preservado. Está aberto para acolher debates de idéias que conduzam às mudanças sociais pelas quais o Brasil anseia. A polícia não entrou para sufocar tais discussões e mesmo protestos, ínsitos à democracia. Procurou apenas impedir a continuação de ilegalidades, como o cerceamento do direito de ir e vir dos que estudam e trabalham no local e a interrupção do processo educativo, garantindo, enfim, que a universidade continuasse a cumprir seu papel, para o qual é sustentada pelos impostos de todos os paulistas.
Texto de JOÃO GRANDINO RODAS , 60, desembargador federal aposentado, diretor da Faculdade de Direito da USP e vice-presidente do Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul. Foi presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
sábado, 25 de agosto de 2007
PM retira grupo da Faculdade de Direito e leva 220 para a delegacia
Menos de oito horas após um grupo de estudantes e integrantes de movimentos sociais terem ocupado a Faculdade de Direito da USP, no largo São Francisco (centro de São Paulo), a Polícia Militar ocupou o local e levou 220 pessoas para serem fichadas na delegacia, na madrugada desta quarta-feira.
A reintegração ocorreu a pedido do diretor da faculdade, João Grandino, que disse, em carta, que "movimentos alheios a essa instituição [...] tentaram impedir a saída de alunos e professores do prédio". Os manifestantes afirmam que houve truculência da polícia. A PM rebate, afirmando que apenas cumpriu o pedido do diretor, em uma ação considerada "calma".
Não há registro de feridos nem de danos ao prédio, que é tombado.
A ação da polícia na Faculdade de Direito ocorre dois meses após o término da invasão da reitoria da USP, que durou 50 dias. Na ocasião, tanto o governo José Serra (PSDB) quanto a reitora, Suely Vilela, foram criticados por setores da própria universidade por não terem feito a reintegração de posse. A saída foi decidida pelos próprios invasores.
FÁBIO TAKAHASHIda Folha de S.Paulo
Veja o video
http://noticias.uol.com.br/uolnews/bandnews/2007/08/22/ult2890u18909.htm
A reintegração ocorreu a pedido do diretor da faculdade, João Grandino, que disse, em carta, que "movimentos alheios a essa instituição [...] tentaram impedir a saída de alunos e professores do prédio". Os manifestantes afirmam que houve truculência da polícia. A PM rebate, afirmando que apenas cumpriu o pedido do diretor, em uma ação considerada "calma".
Não há registro de feridos nem de danos ao prédio, que é tombado.
A ação da polícia na Faculdade de Direito ocorre dois meses após o término da invasão da reitoria da USP, que durou 50 dias. Na ocasião, tanto o governo José Serra (PSDB) quanto a reitora, Suely Vilela, foram criticados por setores da própria universidade por não terem feito a reintegração de posse. A saída foi decidida pelos próprios invasores.
FÁBIO TAKAHASHIda Folha de S.Paulo
Veja o video
http://noticias.uol.com.br/uolnews/bandnews/2007/08/22/ult2890u18909.htm
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Cubanos Nocauteados x Brasil de Quatro
A organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch enviou carta a Tarso Genro. No texto, a entidade cobra do governo brasileiro uma “investigação completa e imparcial” da ação policial que resultou na deportação dos pugilistas cubanos Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, ocorrida em 4 de agosto de 2007.
“Ainda que os dois atletas não tenham requisitado asilo político explicitamente, pedidos de obtenção do status de refugiado podem ser sinalizados por ações, e não apenas por pedidos explícitos. O fato de que Rigondeaux e Lara desertaram uma delegação atlética oficial cubana sugere fortemente que eles pudessem estar interessados em pedir asilo ao Brasil”
A deportação destes cubanos lembra a triste história de Olga Benário, esposa de Luis Carlos Prestes, ocorrida durante a ditadura de Vargas. Grávida de sete meses foi deportada para a Alemanha e entregue a Hitler, e morreu num campo de concentração, executada numa câmara de gás.
Já usaram o benefício do asilo político vários políticos brasileiros, que fugiram dos governantes de plantão no Brasil entre eles José Dirceu, o ministro da justiça Tarso Genro, o deputado Fernando Gabeira, o governador de São Paulo José Serra.
Para não azedar suas relações com Cuba o governo brasileiro curvou-se ante o governo cubano e entregou os boxeadores cubanos ao governo opressor que domina “A ILHA”
Será que Lulla negaria asilo político a José Dirceu?
15/08/07 Senador Suplicy pede que Fidel Castro não puna os boxeadores e sua família
23/08/07 - O avião fretado que levou os boxeadores cubanos Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara do Brasil para Cuba é venezuelano, de prefixo YV-2053. "Esse prefixo é venezuelano. O avião é da Venezuela".
YV é um dos prefixos usados no país de Hugo Chávez.
Fidel e Chaves agora mandam no Brasil, que pena, aqui ponto, chegou a diplomacia companheira.
“Ainda que os dois atletas não tenham requisitado asilo político explicitamente, pedidos de obtenção do status de refugiado podem ser sinalizados por ações, e não apenas por pedidos explícitos. O fato de que Rigondeaux e Lara desertaram uma delegação atlética oficial cubana sugere fortemente que eles pudessem estar interessados em pedir asilo ao Brasil”
A deportação destes cubanos lembra a triste história de Olga Benário, esposa de Luis Carlos Prestes, ocorrida durante a ditadura de Vargas. Grávida de sete meses foi deportada para a Alemanha e entregue a Hitler, e morreu num campo de concentração, executada numa câmara de gás.
Já usaram o benefício do asilo político vários políticos brasileiros, que fugiram dos governantes de plantão no Brasil entre eles José Dirceu, o ministro da justiça Tarso Genro, o deputado Fernando Gabeira, o governador de São Paulo José Serra.
Para não azedar suas relações com Cuba o governo brasileiro curvou-se ante o governo cubano e entregou os boxeadores cubanos ao governo opressor que domina “A ILHA”
Será que Lulla negaria asilo político a José Dirceu?
15/08/07 Senador Suplicy pede que Fidel Castro não puna os boxeadores e sua família
23/08/07 - O avião fretado que levou os boxeadores cubanos Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara do Brasil para Cuba é venezuelano, de prefixo YV-2053. "Esse prefixo é venezuelano. O avião é da Venezuela".
YV é um dos prefixos usados no país de Hugo Chávez.
Fidel e Chaves agora mandam no Brasil, que pena, aqui ponto, chegou a diplomacia companheira.
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