Presidente diz que ações para fomentar o crédito ainda não tiveram efeito e pede a governadores mais investimentos públicos
Jaqueline Maia/ "Diário de Pernambuco" | O presidente Lula discursa durante evento em Recife (PE) |
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE E OLINDA (PE)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ontem a 11 governadores reunidos em Recife que gastem o máximo que puderem em investimentos públicos para combater a crise. Ele disse que as ações do governo de fomento ao crédito ainda não tiveram efeito e que o país tem uma taxa de juros "acima daquilo que o bom senso indica que deveríamos ter".
"Neste momento em que temos bases de garantia de estabilização [...], temos que dizer o seguinte: precisamos economizar o máximo que a gente puder em custeio e gastar o máximo que a gente puder em investimentos públicos, em obras públicas", disse aos governadores.
Segundo ele, Estados, prefeituras e governo federal "podem ser os indutores" para que o país "saia dessa crise sem nenhum arranhão ou com alguma coisa muito pequena que não vai doer". "Vai depender muito de nossa capacidade e ousadia."
Ao comparar as ações contra a crise do governo às dos países desenvolvidos, Lula criticou os juros nacionais. Ele disse que, enquanto países como os EUA disponibilizaram dinheiro para salvar instituições financeiras, o Brasil optou pela compra de carteiras de bancos pequenos e pelo fomento ao crédito.
"Só que esse crédito ainda não tem chegado à ponta do jeito que a gente gostaria", afirmou o presidente. "Depois, obviamente, todo mundo sabe que temos uma taxa de juros acima daquilo que o bom senso indica que deveríamos ter."
Em Pernambuco desde anteontem, Lula disse que os governadores precisam fazer uma "operação pente-fino" para identificar os problemas que estariam emperrando o andamento das obras nos Estados.
"Agora é a hora de trabalhar com todo o vigor e com toda a ousadia para que a gente não permita que o dinheiro que já está disponibilizado para os Estados e os municípios deixe de ser aplicado nas obras para gerar emprego e renda e fique guardado num banco por ineficiência nossa", declarou.
Lula lembrou aos governadores que a maioria dos Estados aumentou sua capacidade de endividamento e que pode tomar dinheiro emprestado. Ele recomendou ainda aos governantes que viajem e busquem novos investimentos.
Lula também disse aos governadores que não haverá cortes nas obras da Petrobras. "Vocês todos conhecem a disponibilidade de investimento que tem a Petrobras, e eu quero dizer para vocês: não haverá diminuição nas obras da Petrobras em nenhum dólar por conta da crise. Não haverá."
"A refinaria do Maranhão, a do Ceará, a de Natal, a de Pernambuco, todas elas serão mantidas", afirmou. "Os contratos que vamos ter do pré-sal para a compra de navios e sondas, vamos continuar fazendo."
Da Folha de São Paulo de 03/12/08
Meu comentário:
5 anos e 11 meses depois de assumir o governo o presidente ACORDOU, será?
Será que finalmente percebeu que os juros estão acima do bom senso?
.
O resto do blá-blá eu transcrevi, para cobrar daqui a alguns meses, será que a Petrobrás aguenta o tranco da má administração?
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