Azarão
Cidade planeja gastar R$ 28,8 bi com 2016, a maior parte em dinheiro público
Dossiê apresenta projetos do governo federal como trunfos do país para receber o evento que disputa contra Tóquio, Madri e Chicago
Antonio Lacerda/Efe |
O Rio de Janeiro gastará R$ 28,8 bilhões para organizar os Jogos Olímpicos de 2016. A maior parte da verba virá dos cofres dos governos.
Em dólares, o custo chega a 14,42 bilhões, o mais alto entre as quatro candidatas. Chicago, Madri e Tóquio projetam orçamentos de, respectivamente, US$ 4,82 bilhões, US$ 6,13 bilhões e US$ 6,42 bilhões.
Os valores e todos os planos das cidades estão nos dossiês entregues ao Comitê Olímpico Internacional (COI), na Suíça.
"Não podemos fazer comparação pura e simplesmente de quanto um gastou, quanto o outro deixou de gastar, como se fosse uma corrida financeira de candidaturas", disse Carlos Arthur Nuzman, presidente do comitê de candidatura.
"As cidades são diferentes, as necessidades são diferentes e as aplicações são completamente diferentes", completou.
O orçamento do Rio é quase oito vezes maior do que o valor gasto com o Pan-2007. Orçado em R$ 409 milhões, o evento custou R$ 3,7 bilhões.
Como no evento pan-americano, a maior parte dos custos será coberta por verba pública. A previsão carioca é que R$ 23,2 bilhões (80%) sejam gastos com infraestrutura e serviços públicos. O comitê não informou qual a participação de cada esfera de poder (federal, estadual e municipal).
Os investimento do governo federal em esporte, inclusive, é apresentado como trunfo do Rio na disputa pelos Jogos.
Nas 538 páginas do dossiê estão listados os programas Segundo Tempo e Mais Educação e aporte de mais de US$ 210 milhões do governo que irão ajudar na preparação das equipes olímpica e paraolímpica.
O texto também cita investimentos do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) e do Plano Nacional de Segurança.
Os gastos do comitê organizador estão estimados em R$ 5,6 bilhões. Desses, 31% devem vir do COI e de seus patrocinadores, 45% da iniciativa privada (apoiadores, ingressos etc) e 24% dos governos -município, Estado e União entrariam com um terço cada um.
O Comitê Rio-2016 admite, porém, que os valores podem ser alterados. No orçamento, grande parte dos custos foi cotada em dólar e convertida em reais a câmbio de R$ 2 -o COI libera os países a usarem o câmbio que quiserem, desde que justificado. Ontem, a moeda fechou a R$ 2,264.
Nuzman disse que 35% dos investimentos estavam previstos com ou sem Olimpíada.
Em relação às instalações esportivas apresentadas no dossiê, o comitê diz que 54% delas já existem, 20% serão temporárias e apenas 26% teriam que ser construídas. Algumas feitas para o Pan não terão a mesma finalidade. A natação, por exemplo, sairá do Maria Lenk e acontecerá em nova arena.
DENISE MENCHEN DA SUCURSAL DO RIO
EDUARDO OHATA, MARIANA BASTOS, MARIANA LAJOLO DA REPORTAGEM LOCAL
EDUARDO OHATA, MARIANA BASTOS, MARIANA LAJOLO DA REPORTAGEM LOCAL
Texto de Azarão na Folha de São Paulo de 14/02/2009
Meu comentário:
tomara que não seja escolhida, pois a roubalheira do Pan já foi muito grande, a roubalheira da copa 2014 será ainda maior e se vier ainda a olimpíada, meu bolso não aguentará.
tomara que não seja escolhida, pois a roubalheira do Pan já foi muito grande, a roubalheira da copa 2014 será ainda maior e se vier ainda a olimpíada, meu bolso não aguentará.
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