Carro na estrada, com destino à Pipa, vamos continuar rumo ao sul
8: 20 – Paramos em frente à base aeroespacial de Barreira do Inferno. Aqui foram lançados os foguetes espaciais brasileiros até que um presidente maranhense transferisse para outro local a base de lançamento.
8: 39 – Estamos no quadrilátero do maior cajueiro do mundo, é uma visita obrigatória para quem vem ao Rio Grande do Norte.
Transitar nas imediações é complicado por que a placa de sentido, mesmo quando indica contra-mão fica no meio do quarteirão, ou seja depois que estamos no meio da rua, em Morro Branco também isto acontece.
Na cidade Nísia Floresta passamos pela árvore Baobá, que o escritor Saint Exupéry descreve no livro “o Pequeno Príncipe”. Passamos também pelo túmulo de Nísia Floresta Brasileira Augusta, pseudônimo de Dionísia Gonçalves Pinto que foi uma educadora, escritora e poetisa brasileira.
É considerada uma pioneira do feminismo no Brasil e foi provavelmente a primeira mulher a romper os limites entre os espaços público e privado publicando textos em jornais, na época em que a imprensa nacional ainda engatinhava.
Nísia também dirigiu um colégio para moças no Rio de Janeiro e escreveu livros em defesa dos direitos das mulheres, dos índios e dos escravos.
O primeiro livro escrito por ela e o primeiro no Brasil a tratar dos direitos das mulheres à instrução e ao trabalho intitula-se: Direitos das mulheres e injustiça dos homens.
Foi esse livro que deu à autora o título de precursora do feminismo no Brasil e até mesmo da América Latina, pois não existem registros de textos anteriores realizados com estas intenções, mas ela não parou por ai, em outros livros ela continua destacando a importância da educação feminina para a mulher e a sociedade. São eles:
Conselhos a minha filha, de 1842;
Opúsculo humanitário, de 1853; A Mulher, de 1859
Além das atividades agropecuárias tradicionais e do turismo, destaca-se na economia da cidade de Nísia Floresta local o recente crescimento da carcinocultura (cultivo de camarões), por tal motivo que ganhou o apelido de "a terra do camarão”.
10:28 Entramos na BR 101
11:08 Passamos por Tibau do Sul
11:16 – 70046 no odômetro, chegamos à Pipa.
Rodamos no centro da cidade à procura de um local para ficarmos, as pousadas e hotéis são caros ou muito ruins. A vila só tem uma mão de direção, pois a rua é muita estreita então para trafegar na vila é preciso sair da vila para retornar. Após algumas tentativas e inclusive caminhando na contra mão por mais de 2 quilômetros, desistimos de ficar na vila e chegamos à conclusão que é melhor não recomendar a praia de Pipa para nenhum amigo, talvez só para os inimigos.
Ainda paramos em uma falésia para contemplar a maravilha de mar, praia e rochedo que existe nos arredores de Pipa, pena que o poder público permitiu a favelização de uma praia tão bonita.
Retornamos para estrada e almoçamos em Tibau do Sul
14:00 – Estamos na estrada para João Pessoa
14:27 – A estrada asfaltada é duplicada, com pistas distintas para cada direção, coisa difícil de ver nestas por estes lados, tomara que as principais estradas do país sejam duplicadas.
Neste trecho começamos a ver enormes plantações de cana, cena que vai se repetir até Alagoas.
14:57 - Estamos na divisa Rio Grande do Norte Paraiba
16:14 – 70195 km no odômetro, chegamos em João Pessoa.
Passeamos de carro pela praias de Cabo Branco à procura de hotel ou
pousada. Procuramos o SESC que nos deixou boas lembranças, mas estava lotado.
18:38 – Finalmente encontramos uma pousada para pernoitarmos.
Guardamos o carro, arrumamos as coisas nos quartos e fomos passear a pé pela praia e refrescar a garganta com uma gelada, ou várias. Provamos também o “arrumadinho”, prato típico feito à base de feijão verde, carne de sol e farinha de mandioca.
29/02/2008 – Último dia de fevereiro deste ano bissexto
De manhã enquanto os outros viajantes ficaram curtindo a cama, eu saí para caminhar na praia e vi surpreso que a pista da Avenida Cabo Branco estava interditada para veículos e liberada para pedestres caminharem e praticarem esportes. O corpo de bombeiros e a polícia participam pesando as pessoas, medindo a pressão, fornecendo água mineral gelada aos caminhantes.
O Álvaro estava com o pé inchado e dolorido por causa da caminhada em Genipabu, a Auxiliadora preguiçosa preferiu não caminhar e a Conceição ficou com os dois para fazer companhia, eu resolvi colocar um pé na frente do outro e fui caminhar em direção ao Cabo Branco.Fiz todo percurso da praia, onde conheci um casal de italianos juntos subimos o morro em direção ao Cabo Branco que é o ponto continental mais oriental das Américas, lógico que as ilhas oceânicas não entram nesta geografia.
O Farol do Cabo Branco está situado na Ponta de Seixas, extremo oriental do continente americano, com longitude de 34º 47' 38".
O panorama que se descortina de seu mirante é deslumbrante, vendo-se à frente toda a beleza do Oceano Atlântico em sua plenitude e, aos lados, o litoral paraibano e suas lindas praias, à esquerda, Cabo Branco, Tambaú, Manaíra e Bessa e, à direita, Penha, Seixas e Costa do Sol e a beleza do Picãozinho que são piscinas naturais formadas pelos corais, semelhante à Porto de Galinhas.
Antes de chegar ao Farol do Cabo Branco passei pela construção da Estação Ciência, Cultura e Artes Oscar Niemeyer, que certamente se tornará mais um cartão de João Pessoa.
Quando retornei da caminhada, peguei os preguiçosos e os levei até o Farol do Cabo Branco, em seguida fomos à praia dos Seixas, da Penha com sua capela centenária.
À tarde e noite fomos até o o centro na praia de Tambaú em frente ao Hotel Tropical que parece ser o marco Zero da Cidade.Onde fizemos compras, conhecemos tapiocas com vários recheios, pena que meu estômago não agüenta tanto recheio, pois tudo que como ele denuncia aumentando de tamanho. O jeito foi olhar e sentir o cheiro daqueles recheios todos. Cada tapioca é suficiente para duas pessoas jantarem se não almoçaram.
Gostamos muito desta capital. Um pequeno detalhe que nos emocionou muito foi a gentileza dos motoristas ao pararem para os pedestres passarem. Toda vez que estamos numa esquina esperando os carros passarem, para que pudéssemos atravessar, algum motorista gentil parava e insistia para atravessarmos.
Para quem está acostumado com Sampa...
João Pessoa foi fundada em 5 de agosto de 1585
Gentílico pessoense
Características geográficas
Localização 07° 05' 00" S 34° 50' 00" O07° 05' 00" S 34° 50' 00" O
Área 210,45 km²
População 674.762 hab. est. IBGE/2007
Densidade 3.206,3 hab./km²
Altitude 40 metros
Clima tropical Aw
Fuso horário UTC-3
Indicadores
IDH 0,783 médio IBGE/2000
PIB R$ 5.024.603.980,00 (BR: 60º) IBGE/2005
PIB per capita R$ 7.603,84 IBGE/2005
Leia também os outros capítulos:
Capítulo 1- início - Viagem ao Nordeste - São Paulo, Jericoacoara São Paulo, Cristalina, Brasília, Barreiras, Canto do Buriti, Terezina, Jijoca e finalmente, nosso destino: Jericoacoara
Capítulo 6 - Viagem ao Nordeste: Recife, Arapiraca e as Alagoas
Capítulo 7 – final - Viagem ao Nordeste, final: Praia do Francês, Aracaju, Itacaré, São Paulo
QUE LUGAR LINDO E UM PARAISO
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