Abuso sexual na infância aumenta risco de transtornos na vida adulta, diz psicóloga
Elaine Patricia Cruz Agencia Brasil
A violência contra crianças e adolescentes, principalmente a sexual, pode aumentar o risco de que elas desenvolvam problemas psiquiátricos na vida adulta, segundo a psicóloga do Programa de Atendimento e Pesquisa em Violência (Prove), Daniela Galvão.O Prove, ligado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), funciona desde o final de 2007 e atende crianças e adultos que vivenciaram ou testemunharam alguma situação de violência.
Neste período, o programa já atendeu mais de 30 crianças vítimas de alguma forma de violência, seja a sexual ou doméstica, por exemplo.
Os efeitos [da violência sexual] estão sempre presentes ao longo da vida da criança. Boa parte dos pacientes adultos que desenvolveu a patologia do transtorno do estresse pós-traumático na vida adulta revelou uma história de abuso na infância. Isso significa que o abuso sexual infantil aumenta o risco para outras patologias na vida adulta, disse a psicóloga.
O transtorno de estresse pós-traumático, segundo Daniela, é a principal doença decorrente de uma situação de violência. Pode se manifestar principalmente de três formas: a pessoa revive as imagens da violência, tendo ainda pensamentos ou pesadelos sobre a experiência vivenciada; a pessoa evita lugares ou estímulos que a lembrem da situação e a deixem muito ansiosa; ou a pessoa vive num estado de alerta constante, em hipervigilância.
Nas crianças, ele ocorre de maneira muito semelhante, mas os critérios de diagnóstico não abrangem a totalidade dos efeitos, dependendo do nível de desenvolvimento da criança, explica a psicóloga.Nas crianças menores, os sintomas podem estar associados à apatia ou comportamentos regressivos como voltar a fazer xixi na cama ou parar de falar. Já nas crianças em idade escolar, um dos sintomas mais comuns e evidentes é o prejuízo na escola, com dificuldades nas tarefas escolares e de socialização.
Nos adolescentes, a existência da violência pode ser manifestada pelo abuso de álcool ou drogas e comportamentos mais agressivos.Quanto menor a criança, mais afetada ela é. No senso comum a gente sempre pensa: 'ela é tão pequenininha que não vai entender o que se passou e não vai guardar essa memória'. Mas as marcas são mais intensas porque ela não tem condições psíquicas de elaborar aquela situação, disse Daniela.
Para ajudar a criança e o adolescente a superar ou contornar o trauma e ter condições de falar sobre a situação vivida são oferecidos vários tipos de tratamentos, geralmente multidisciplinares, contando com apoio de psicólogos, médicos, terapeutas e pedagogos.
No Prove, por exemplo, o tratamento feito com a criança dura no mínimo seis meses e é realizado de forma lúdica por meio de desenhos e jogos.O tratamento foca no fato de a criança poder expressar a seu tempo e a seu modo a situação de abuso, explicou a psicóloga.
É um tratamento no sentido de uma intervenção no problema atual e também é preventivo, já que vai ajudar a criança a elaborar essa situação e não desenvolver quadros futuros. Claro que a gente não consegue prever se no futuro essa criança vai desenvolver outros problemas, afirmou.Segundo ela, um dos fatores que pode contribuir para que a criança supere a situação de trauma ou estresse mais rapidamente é o ato de denunciar o agressor - que é geralmente alguém da família ou próximo da família.
A denúncia é muito importante porque tira a vítima do isolamento. O ato da denúncia rompe com o pacto de silêncio e o terror que a criança vive. E a resposta que o [ambiente] social vai dar é que vai ajudar a criança a dar um sentido para essa situação e refazer seus laços pessoais, disse a especialista, ressaltando que o tratamento obtém resultados melhores quando os pais da vítima de abuso estão mais atentos aos sinais e abertos a conversar com o filho sobre a situação que ele vivenciou. A criança ainda depende muito do adulto para significar essa experiência de violência, afirmou.
O atendimento no Prove é gratuito. Informações podem ser obtidas na sede do ambulatório, localizado na Rua Botucatu, 431, na Vila Clementino ou pela internet http://www.unifesp.br/dpsiq/prove/.
fonte ->
Hoje encontrei o depoimento de uma vítima nesse link http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=4958&ReturnCatID=1617
ResponderExcluirOs defensores da justiça levam muita coisa em conta na hora de julgar um pedófilo, até mesmo o risco de esse animal deplorável vir a morrer na cadeia, o que eles não percebem e que realmente queremos que morram por lá para que não precisemos oferecer alimentos saúde e segurança a eles enquanto as vítimas aqui fora sofrem a falta de socorro e ajuda profissional a esses vagabundos imorais no momento em que eles estão deflorando nossas crianças eles não ligam se as deixarão vivas ou mortas, eles querem é saciar a sede de sexo e ao final ainda chama a vitima de vagabunda.