Escola debate cyberbullying com estudantes
Cyberbullying expõe e intimida estudantes na internet.
Vítimas não conseguem se defender porque o agressor é anônimo.
Alunos adolescentes são vítimas de um novo tipo de intimidação. É o cyberbullying. A exposição vem pela internet. E, muitas vezes, a vítima nem sabe que está sendo alvo das brincadeiras. Noutras, até descobre. Mas não consegue se defender porque o agressor é anônimo. Por isso, algumas escolas de São Paulo tentam encontrar uma solução.
O Jornal Hoje entrevistou a pedagoga e advogada Cristina Sleiman (confira a entrevista no vídeo acima).
Basta entrar na internet para encontrar a nova mania dos adolescentes. Colocar na rede brigas de alunos, gravadas nos celulares dos colegas. Também na internet, nas páginas de relacionamento, várias comunidades falam mal de uma pessoa em particular.
A reportagem do Jornal Hoje esteve no laboratório de informática de uma escola de São Paulo, onde o acesso a sites de relacionamento e de bate-papo é proibido, mas fora da escola, a internet é ferramenta de uso diário dos alunos.
“Todo mundo fica por dentro da privacidade das outras pessoas, que nem conhece”, diz Isabela Toledo, 14 anos.
A disciplina, criada há dez anos para tratar do comportamento e da ética, hoje também fala das relações pela internet. “Às vezes você consegue perceber diferenças que existem entre o cyberbullying e o bullying?”, pergunta Roberto Trindade, professor.
“No bullying normal, ela tá com mais gente, e vê as consequências do ato dela. No cyberbullying, não”, diz Stephani Papa, 15 anos. “Eles têm menos chances de alguém saber que são eles”, diz Laís de Franco, 14 anos.
“Na vida real, você tem que saber intimidar a pessoa, você tem que ter essa aparência de ser forte. No cyberbullying você pode ser qualquer um. Você pode ser Super Homem”, diz Marcelo Scheliga, 15 anos.
O que fazer?
“Eu acho que eu contaria para os meus amigos. Falaria com os meus pais, dependendo da gravidade”, diz Marina Melo, 16 anos.
Ricardo recebia provocações pela internet e preferiu usar a própria rede para conversar com o agressor. “Foi pela internet, e não aconteceu nada”, diz Ricardo Andrade, 15 anos.
No cyberbullying, o agressor conta com a vantagem do anonimato. Escondido sob um nome falso ou se fazendo passar por outra pessoa, ele se sente livre para fazer maldades. Para a vítima, a reação também fica mais difícil. Porque não se sabe exatamente de onde vem essa ameaça, que se espalha tão rapidamente pela rede.
“Era uma aluna, que tirou uma foto do seu corpo, uma coisa muito sensual, e colocou num blog. Um outro aluno acabou vendo e passando para todos os outros”, diz Sueli Brasi Conte, diretora.
“Você acha que os seus amigos não vão fazer isso com você. Só fica normal que eles param de falar. Uma hora acaba, e eles vão para outro, que fica nervoso”, diz Frederico Micelli, 16 anos.
Do G1, com informações do Jornal Hoje - http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL1109595-5604,00.html
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